POLÍTICA

Moçambique cai dez posições no Índice Global de Paz de 2017

Moçambique foi o país lusófono que mais caiu no Índice Global de Paz de 2017, ficando na 78.ª posição (era 68.º), enquanto Portugal é o mais bem classificado (3.º lugar) e a Guiné-Bissau o pior (122.º).

O trabalho do Instituto para a Economia e a Paz (IEP) – uma organização não governamental com sede em Sydney, Austrália — recorda que Moçambique tinha sido um dos 10 países identificados em 2008 como estando em “risco de conflito”.

“Entre 2008 e 2017, cinco [destes países] sofreram uma deterioração substancial [no nível de paz]: Eritreia, Síria, Níger, Vietname e Moçambique. Estas grandes mudanças podem surgir devido a outros fatores que não uma guerra aberta”, salienta o instituto.

O IEP sublinha que o custo do conflito em Moçambique (sendo que a condição de “conflito” é mais de 25 mortes em batalha num ano) foi de 1,545 mil milhões de dólares em 2016, um valor que representa 5,7% do PIB (ou 54 dólares por cada habitante moçambicano).

Sem contar com Portugal, o país lusófono mais bem colocado é Timor-Leste (na 53.ª posição), que subiu dois lugares. Tal como Moçambique, Timor-Leste também estava na lista de 2008 de países “em risco”, mas a sua evolução foi positiva.

Angola manteve a 100.ª posição da lista global, apesar de ter caído numa situação de “conflito”. No entanto, o país lidera a lista dos melhores desempenhos no capítulo da Militarização.

Este indicador mede a relação entre o fortalecimento da capacidade militar de um país (bem como o acesso a armamento) e o seu nível de paz, tanto a nível interno como externo. Também analisa os gastos com defesa (em percentagem do PIB), o número de militares ‘per capita’ e as contribuições financeiras para as missões de paz da ONU.

Angola subiu 42 posições neste domínio ao longo de 2016.

O Brasil (em 108.º lugar) caiu três posições face ao relatório do ano passado, com o capítulo “instabilidade política” a agravar-se, sobretudo “na sequência da crise política que resultou do ‘impeachment’ da Presidente Dilma Rousseff”.

A Guiné-Bissau (122.ª posição) fecha a lista dos lusófonos, já que o IEP não apresentou dados para São Tomé e Príncipe nem para Cabo Verde.

Fonte: Lusa

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