POLÍTICA

Americana de oito anos morta no primeiro ataque ordenado por Donald Trump

O novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, deu luz verde a uma operação dos militares norte-americanas no Iémen que terá resultado na morte de 14 civis, incluindo uma menina norte-americana de oito anos, e de um soldado dos Estados Unidos.

As ações que teve lugar no passado domingo, são agora alvo de um inquérito preliminar para determinar se as alegações de mortes de civis são credíveis o suficiente para abrir uma investigação.

Thomas afirma que os militares não sabiam que Nawar al-Awlaki, de oito anos estava no local que viria a ser invadido, assim como as outras 14 vítimas civis.

Nawar que estava com a mãe foi baleada no pescoço e morreu no hospital, segundo o que avô Nasser al-Awlaki contou ao Guardian.

americana morta no ataque ordenado por Trump

A menina era filha de Anwar al-Awlaki, norte-americano que se juntou à Al Qaeda e comandou vários ataques contra os Estados Unidos. Anwar foi morto num ataque com drones das tropas americanas em 2011.

O avô de Nawar acredita que a morte da neta foi acidental e que as tropas não sabiam que havia civis naquele local, mas algumas vozes relembraram as declarações de Trump durante a campanha presidencial. Numa entrevista em 2015 Trump disse que as famílias dos terroristas também deviam ser penalizadas, segundo a CNN.

“Outra coisa com os terroristas é que temos de eliminar as suas famílias. Quando apanhamos estes terroristas temos de eliminar as famílias”, disse Trump, na altura. “Eles [os terroristas] importam-se com as vidas deles [da família], não te iludes. Quando eles dizem quem não querem saber da vida deles, temos de eliminar as famílias”.

Na altura da morte do terrorista Anwar al-Awlaki, alguns especialistas interrogaram-se sobre o direito do Presidente de autorizar o assassínio de um cidadão norte-americano no estrangeiro em nome do combate ao terrorismo.

“Quando um americano parte para o estrangeiro para travar uma guerra contra os Estados Unidos, e nem os Estados Unidos nem os seus parceiros estão em posição de o capturar antes que ele leve a bom termo uma conspiração, a sua nacionalidade não deve protegê-lo, não mais que um atirador isolado prestes a abrir fogo sobre a multidão deve ser protegido de um comando da polícia”, argumentou posteriormente Barack Obama, defendendo a sua decisão.

Fonte: DN

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