Governo quer investir 500 milhões para ultrapssar a crise da TDM : Será?
Nas últimas duas semanas, a empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM) foi alvo de uma visita do Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho de Rosário, e de uma reestruturação em consequência da crise em que a empresa se encontra – trata-se, grosso modo, de um fóssil analógico num mundo cada vez mais digitalizado…
Na década de 1990, a empresa só teve a visão de, juntamente com o Instituto de Gestão das Paticipações do Estado (IGEPE), criar a mCel, a primeira operadora de telefonia móvel de Moçambique, que era o futuro das comunicações de voz.
Sendo accionista maioritário da mCel (com 74%) e detendo o monopólio, a TDM aparentemente não percebeu, mesmo com a entrada da Vodacom (em 2003), que tinha de se reinventar para continuar a ser competitiva no mercado. Não tendo apostado num investimento que podesse tornar a empresa imprescindível para o mercado, a companhia de telefonia móvel parou no tempo e deve ser resgatada pelo Governo moçambicano.
“A TDM, praticamente, parou no tempo e, consequentemente, está a viver esta crise. Assim, nos próximos dias, será feita uma análise detalhada para apurar em quê exactamente serão aplicados os 500 milhões de dólares que é preciso para revitalizar a TDM”, admitiu aos jornalistas o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, no fim da visita que o Primeiro-Ministro fez àquela empresa.
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