Julgamento por críticas a Guebuza ridiculariza a justiça moçambicana
O julgamento de Carlos Nuno Castel-Branco e o editor do jornal Mediafax, Fernando Mbanze havido na segunda-feira passada, no Tribunal Judicial do Distrito de Kampfumo, província de Maputo, foi severamente criticada pela Amnistia Internacional.
“Ela ridiculariza a justiça e viola a liberdade de expressão”, considerou a Amnistia Internacional.
O economista moçambicano Castel-Branco está sendo acusado por crime contra a segurança do Estado e Veloso e Mbanze pelo crime de abuso de liberdade de imprensa.
“Estas acusações são uma violação do direito à liberdade de expressão e uma táctica clara do governo para reprimir as vozes discordantes”, disse Muleya Mwananyanda, directora adjunta para a África Austral da Amnistia Internacional (AI).
Refira-se que que no passado dia 13 de Agosto a AI lançou uma petição na internet em defesa do direito à liberdade de expressão dos dois acusados.
“Carlos Nuno Castel-Branco estava apenas a expressar a sua opinião acerca da situação no país. Fernando Mbanze estava simplesmente a fazer o seu trabalho ao publicar a opinião no seu jornal. As autoridades moçambicanas têm de deixar de tomar pessoas como alvo unicamente por exprimirem as suas opiniões”, disse Muleya Mwananyanda.
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